Muitos pretos e pretas já experienciaram situações de serem usados como objeto de propaganda, moeda de troca ou meio para se se atingir determinado fim em relações sociais ou profissionais. Mas você sabia que essa é uma prática muito presente em espaços permeados pela Brancura? E que existe um conceito pra isso? Então venha saber mais…

O tokenismo (do inglês Token – símbolo) é o ato ilusório de inclusão, ou seja, trata-se de uma inclusão que não é inclusão mas um faz de conta (para dar a entender ou ao menos parece que é). O termo surgiu nos anos 60, nos Estados Unidos, durante o período de forte luta pelos direitos civis dos afro-americanos. Martin Luther King foi o primeiro a utilizar o termo “tokenismo” em um artigo publicado em 1962:

“A noção de que a integração por meio de tokens vai satisfazer as pessoas é uma
ilusão. O negro de hoje tem uma noção nova de quem é”.

Nesse texto, Luther King critica o fato de que o tokenismo serve apenas para dar uma imagem progressista, ou seja, uma organização ou projeto incorpora um número mínimo de membros de grupos minoritários somente para gerar uma sensação de diversidade ou igualdade. Porém, não existe um esforço real para incluir essas minorias e dar-lhes os mesmos direitos e poderes do grupo dominante. Então fica a questão: até que ponto estamos diante de representação? O grupo que fazes parte é realmente inclusivo?

Referências: Movimento Black Money